domingo, 24 de maio de 2009

Tempo de Direitos ou Devêres?


Boas caros Amigos,

Sinceramente quando começei o blogue já sabia que o que não me faltaria era coisas para falar e opinar, tendo em conta o tema que eu escolhi.
Só não sabia é que à minha volta existisse tanto assunto.

Venho então aqui hoje colocar uma pergunta:

Será que estamos em Tempo de Direitos ou de Deverês?

Bem na minha opinião estamos sempre em tempo para ambas, mas necessitamos de um bocado de Bom Senso para poder avaliar qual a mais adequada para a nossa realidade, não concordam?

Eu presto um serviço numa Fábrica através de uma empresa externa e este caso não intrefere directamente mas sim indirectamente com o meu Posto de Trabalho, dependendo do desfecho da mesma.

Então vejam bem.

Esta Fábrica enfrentou desde o inicio do ano problemas económicos de tal forma graves que não tinham capacidade para adquirir matéria-prima a custos rentáveis para produzir alguns dos seus Produtos, na Altura a Administração da Fábrica terminou com um dos Turnos de uma das fracções da Fábrica tendo aqueles trabalhadores deixado de ganhar  um subsidio de turno, no entanto embora não houvesse matéria prima e os trabalhadores terem deixado de ganhar esse subsidio, todos os finais do mês estava o ordenado na sua conta.

Viveram momentos de incerteza e receio.
Será que fecha?
Será que não fecha?
Era uma grande incerteza, que se tornava angustiante para uma boa parte dos trabalhadores.

No entanto no final de Maio chegaram boas noticias.
Iria Finalmente chegar Matéria-Prima e a Fábrica iria novamente deitar fumo pelas chaminés.
o que até para o meu trabalho era excelente pois iria deixar de sêr a pasmaceira do costume e de ali estar a enchêr chouriços durante todo o meu turno.

A Matéria-prima chegou, Afinou-se as máquinas e mãos ao trabalho, já parcia uma Fábrica novamente  quando cá cheguei regressado de uma folga, fiquei contente, muito contente mesmo.
e assim têm estado desde então sempre a Trabalhar.

A uns dias ao chegar a Fábrica para vir rendêr o meu colega, depois de o rendêr fui  ao Painel de Informações e Reparo que se encontra um comunicado da Administração, que passarei, não literalmente para que não se identifique a Fábrica já que eu aqui presto serviço e sabem em que País vivemos, certo?

Tendo em conta os compromissos Financeiros e Comerciais da Fábrica é necessário que a mesma trabalhe em pleno nos dias em que nos foi Informado a Vontade de adesão ao Direito de Greve.

A Fábrica não está em condições Financeiras e Económicas que lhe permitam o incumprimento dos seus compromissos.

Esclarecem-se os trabalhadores da Fábrica que o incumprimento pode significar a impossibilidade de obtêr novos financiamentos para a compra de Matérias-Primas.
O que obviamente, terá consequências a Paralização da empresa, com os inerentes Impactos ao nivél do Emprego.

A Administração pede aos trabalhadores envolvidos a máxima compreensão e colaboração para que se atinjam os Objectivos comuns: Manutenção da Empresa; dos Postos de Trabalho e dos salários.

Ups...
espera ai, deixa lá então voltar atrás.
A Fabrica não tinha estado parada por falta de Produto?
Então e os trabalhadores não estiveram a recebêr os seus ordenados enquanto a Fábrica não produzia?
E ainda mal a Fábrica começou a Trabalhar, querem Aumentos?

Será que estão a pensar nos aumentos para que a percentagem do fundo de Desemprego seja maior?

Sim, um bocado de bom senso por favor.
Ou será que afinal estamos a falar de outra Fábrica?

Lembro tambem que quem se encontra envolvido nesta Luta é apenas uma unica fracção de trabalhadores da Fábrica que por sinal a uns meses atrás (sem Produto para trabalhar = Sem Entradas de dinheiro na Empresa) continuaram a têr o seu ordenado ao contrário daquilo que todos os dias vemos nos Telejornais, Jornais, Revistas e qualquer tipo de impressa seja escrita ou não escrita.

Faço um apelo a todos os trabalhadores deste país.

Tenham Bom Senso, Peçam o que a vós é de Direito, mas Contribuam com os vossos Deverês.
E Por Favor um bocado de Bom Senso.

Não é porque alguem de um Sindicato que por acaso nem trabalha na Empresa, que não recebe da Empresa, diz: voçês têm de passar já ao ataque para poderem sêr aumentados pois a Empresa agora têm produto e já está a recebêr dinheiro esquecendo-se que ainda a uns meses a Fabrica não tinha esse produto e continuava a pagar, e depois a Noite vão jantar a um restaurante com o dinheiro do sindicato e daqui a um mês a Fábrica fecha e voçês não irão jantar ao mesmo restaurante certamente.

Pensem bem , Pois em um País de "UTOPIAS" quem as têm, somos nós.

Um Enorme Abraço


quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Principio "Revolta"


Embora seja um prazêr e até mesmo um sonho com que me encontro a abrir este blogue, O Motivo que me levou a fazê-lo não é nem por sombras um dos melhores.

No inicio do mês de Maio depois de um descuido que tive para com a minha Filha que nasceu no Dia 11/09/2008 fui ao Hospital da Estefânia em Lisboa, afim de poder garantir que a queda que a minha Filha tinha contraido não Deixaria nenhuma sequela, no entanto desde da sua nascença a minha Filha apresentava no cimo da sua cabeça mesmo por cima da moleirinha um pequeno alto, alto esse que sempre que questioná-mos a Médica Pediatra do Centro de Saude da Encarnação que a acompanha desde o seu nascimento, a Médica sempre nos tranquilizou alegando que de nada se tratava a não sêr uma pequena Deformação devido ao esforço exercido durante o trabalho de parto e que o alto haveria de se dissolvêr ao longo do tempo por si próprio.
Eu sou sincero, nunca fiquei muito convencido com esta explicação mas na realidade tambem de nada fiz, Limitava-me a perguntar sempre que lá voltava à próxima consulta sobre a situacção e alegando que o alto não dava intenções de desaparecêr, e a resposta era sempre a mesma.
Começei a sair da consulta e a estranhar o porquê. Pelo qual a Médica não solicitava qualquer tipo de exame para obtêr uma confirmação da sua teoria, já que na teoria a mentalidade que deveriamos adequirir de uma vez por todas na nossa sociedade era a da Prevenção.
Principalmente a classe Médica pois além de não nos podermos esquecêr que é uma Classe a quem nós enquanto cidadãos necessitamos da sua Experiência e Conhecimentos.
Então aproveitando a minha ida ao Hospital da Estefânia, Aproveitei para questionar a Médica que atendeu a minha Filha tendo em conta que a queda que a minha Filha tinha acabado de sofrêr teria embatido com a cabeça.
A médica prontamente pediu um Raio-X, que após têr sido visualizado e gerado algumas duvidas passou a um Neuro-cirugião que Requesitou de imediato a elaboracção de um T.A.C., que para a nossa sorte a minha filha nem precisou de sêr Anestesiada (Sim a minha Filha é uma Mulher).
Após o Neuro-Cirugião têr visionado o exame e têr conversado com uma equipa de Médicos que se encontrava com ele.
virou-se para mim e disse-me.
A sua filha têm um pequeno Tumor, uma pequena bola de gordura com pêlo entre o crâneo e a pele.
Ai,Ai...
Ai,Ai,Ai,Ai...
Em 5 segundos passou-me todo um filme acabado de Realizar num dos estudios de Hollywood, preparado para sêr o próximo record de bilheteiras.
Foi desta forma que um dos Médicos que o acompanhava decidiu certamente após têr olhado para mim, Explicar-me como se eu Fosse uma Criança com o mesmo tempo exactamente que a minha filha têm, o que era, como era, como se forma, como se intervêm,quais os perigos, e que era algo Benigno.
Ufa...Ufa...Ufa...
Ai,Ai...
Ufa...
Então não é que desta vez em apenas 1 segundo tive que modificar o final de todo o filme?

Bem, agradeço a toda esta equipa.
Começando na Médica que recebeu inicialmente a minha filha até ao vigilante do Hospital que se encontrava de Serviço nas Urgências.

Pela postura Profissional e Humana que deveria sêr uma unânimidade nos Serviços Sociais de Saùde, e que infelizmente ainda é uma UTOPIA  no nosso País.

Este caso ainda está distante de se encontrar resolvido, mas no entanto aquilo que inicialmente parecia têr se tornado num poço fundo e escuro, rápidamente se começou a detectar pequenas fendas nas paredes do poço que me estão a premitir subir e alcançar um foco de luz.

Quanto á Médica do Centro de Saude da Encarnacção, em breve me irá vêr novamente com a total certeza, mas uma certeza também me acompanha é que não será no seu consultório, mas sim no espaço certo para quem erra para com um Sêr Humano.

Se o Nosso País detêm as ferramentas adequadas para que a classe Médica em vez de apenas se seguir por um simples instinto,teimosia ou excesso de confiança. Passar por questões de prevenção a utilizá-las de forma a garantir factos Cientifícos que não coloquem a vida de terceiros em jogo, e como nem toda a classe Médica se revê certamente nestas actitudes de desleixo que vão denegrindo dia após dia a sua Actividade Profissional e colocando em causa possivelmente tambem as vidas dos seus familiares.

Este caso será mais um caso para um dos nossos Tribunais.
A minha Filha está bem encaminhada. e a minha sobrinha? E o meu neto?

como estão advinhar mais situacções vão surgir.

Um Enorme Abraço